Voltando no tempo
'Em meados dos anos 40, Adorno e Horkheimer
criam o conceito de indústria cultural. Com o propósito de analisarem a
produção industrial dos bens culturais como movimento global de produção da
cultura como mercadoria. Os produtos culturais, os filmes, os programas
radiofônicos, as revistas ilustram a mesma racionalidade técnica, o mesmo
esquema de organização e de planejamento administrativo que a fabricação de
automóveis em série. A civilização contemporânea confere por toda a parte um ar
de semelhança. Esse conceito oferece bens padronizados para satisfazer às
numerosas demandas, identificadas como
distinções às quais os padrões da produção devem responder. Através de um modo
de produção industrial, chega-se a uma cultura de massa feita de uma série de
objetos que trazem de maneira bem manifesta a marca da indústria cultural:
serialização- padronização- divisão do trabalho. A produção industrial sela a
degradação do papel filosófico- existencial da cultura. (Mattelart:1995, p.77 e
78)
Edgar Morin foi um dos primeiros a
refletir sobre a importância que assume a mídia e questionar os valores dessa
nova cultura. Suas pesquisas no Centro de Estudos das Comunicações de Massa
(CECMAS) definem-se como uma “sociologia do presente”, que se interessa pelo
acontecimento como revelador sociológico. Suas pesquisas desde os anos 70
orientaram-se cada vez mais para a cibernética,a teoria dos sistemas e as
ciências cognitivas. (Mattelart:1995, p.90 e 91)
A cultura de massa inclui as
técnicas de publicidade e marketing, assim influenciando a prática do consumo
ao mostrar uma variedade de opções de consumo e possibilidades de
identificação. Sendo essa identificação – a chamada identidade da marca -
mutável, variando de acordo com a moda. Segundo Igor Sacramento é pelo consumo
que se consegue o novo. Podendo verificar como a moda impulsiona a imprensa
feminina ao mesmo tempo em que por ela é impulsionada. Ele diz mais, a moda é o
produto principal a ser forjado como novo.
(Sacramento: 2005)'
Fonte: monografia minha escrita em 2005.